Mercúrio e Criatividade

Mercúrio, ou Hermes – citando seus nomes no Latin romano e em Grego – é uma das divindades mais antigas conhecidas pela humanidade, com seu culto remontando à Grécia arcaica. Sua figura aparece não só como um deus, mas também como um planeta e um importante elemento alquímico. Além disso, ele é associado a Hermes Trismegisto, um dos primeiros místicos.

São esses alguns dos motivos por eu ser fascinado pela figura deste deus alado, classicamente ilustrado como um belo jovem atlético usando sandálias, uma toga curta, asas em seus tornozelos, um capacete também com asas e um Caduceu – bastão em torno do qual se entrelaçavam duas serpentes e cuja parte superior é adornada com asas.

No Egito antigo, Mercúrio era conhecido como Thoth, um deus da magia, da escrita e do mundo além da vida. Homero, por sua vez, o considerava como o deus das mensagens, sendo o responsável pela comunicação entre mortais e deuses.

Para os criativos, estudar, invocar e chamar Mercúrio pode ser um exercício muito benéfico para se conectar com a energia dos projetos e com o que há de mais enigmático na espécie humana: a criatividade. E, nesse sentido, Mercúrio pode ser visto como um deus da criatividade, identificando tudo aquilo que fazemos por nós mesmos, pelos outros e pelo mundo ao nosso redor, tentando trazer um pouco de luz e beleza a um mundo muitas vezes sombrio.

Talvez não seja para menos que Mercúrio seja retratado com tantas referências à asas e, ao mesmo tempo, quando pensamos em fazer algo realmente criativo e inovador, digamos à nós mesmo que “demos asas à imaginação”.

Se a criatividade pode ser definida como a “atividade da criação”, ou seja, aquilo que nos permite formar, produzir e inovar. Mercúrio, como um deus dessa atividade, pode nos ajudar a canalizar nossa energia criativa e a encontrar inspiração nas coisas mais diversas, desde a natureza até a cultura e as artes. E, quem sabe, talvez até mesmo nos permitir acessar aquilo que há de mais profundo e misterioso em nossa própria natureza.

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